domingo, 10 de novembro de 2013

2013: Minas Futebol Clube

Depois de (mais) um longo inverno, estamos de volta!

Com a volta olímpica antecipada do Cruzeiro no Mineirão, a temporada 2013 do futebol brasileiro já está chegando ao fim. E às vésperas do ano da Copa, já dá para fazer um resumão do que pudemos ver durante as férias prolongadas do blog.


Dois mil e Galo!

Sobraram adjetivos para classificar a campanha do Clube Atlético Mineiro na Libertadores. Espetacular, emocionante, sofrida, linda, campeã. Cuca livrou-se do estigma de azarado em um time que também precisava de uma grande conquista para lavar a alma. Alexi Stival estava no lugar certo, nas horas certas, fazendo as coisas certas. Deu certo.
Força na peruca, Cuca
(G1)
O time todo mostrou uma garra monstruosa e um espírito copeiro digno dos maiores campeões continentais. Ronaldinho Gaúcho foi tão brilhante quanto os flamenguistas esperavam que ele fosse no Rio. Victor operou milagres que tiraram o fôlego não só da Massa, mas de todo brasileiro que ama futebol e que também virou atleticano por tabela (rivalidade secadora à parte). Bernard infernizou meio mundo, do México à Argentina. Jô, Tardelli, Réver e até o Guilherme: todos, do goleiro ao ponta-esquerda, do Kalil ao massagista, todos eles têm parte de um pedacinho da taça mais cobiçada das Américas.

E foram felizes. E fizeram felizes os atleticanos, no Horto e em todo o Brasil. Fizeram mais feliz o futebol brasileiro. Uma Vitória com V maiúsculo, com roteiro de cinema, porque dá para jogar com garra e jogar bonito ao mesmo tempo. Deu para bater no peito forte e vingador, urrando o que esteve entalado por 105 anos. Campeão na fé, na raça e na bola.

Parabéns aos envolvidos.
Caiu no Horto?

Quem é que manda aqui

O Brasil é dos brasileiros. A Espanha, campeã mundial, bicampeã europeia e sensação do momento, sucumbiu no Maracanã. Mais do que isso: passou vergonha.

Três a zero, fora o baile. Fora o hino mais lindo cantado a plenos pulmões. Fora aquela bola tirada pelo David Luiz sobre a linha do gol, que eu tenho certeza que sua retina também fez questão de gravar. Fora o gol deitado de Don Fredón. Fora o golaço de Neymar, o novo 10 da Seleção. Fora o olé, gritado por um Maracanã inteiro, contra um time que não perdia havia 29 partidas. Noves fora, o show foi tão bom que deveria ter de novo. Que tal ano que vem?
Fredão vai te pegar ano que vem
(Reuters)

Passeio celeste

Falei de Minas, falei de Fred, mas ainda não falei de Cruzeiro? Pois se o primeiro semestre foi do Atlético, a Raposa tratou de colocar o resto do ano no bolso.

Bateu um remember de 2003 pelos lados da Toca e o time comandado por Marcelo Oliveira varreu o Camarotão 2013. Deitou, rolou e pulverizou cada um dos outros 19 times, sem exceção. A supremacia azul foi tanta que a China Azul comemorou o título antes mesmo da permissão dos matemáticos, ainda na 33ª rodada, após Humberlito & Cia. doutrinarem o retranqueiro Grêmio de Renato Portaluppi, o sogrão da galera.
Humberlito da Zuera pedalou bonito no Mineirão
(Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Faltando cinco jogos para a geral entrar de férias, o Cruzeiro manteve os 13 pontos de vantagem para o vice-líder Atlético Paranauê. A força azul de Minas venceu mais que todo mundo (22 vitórias), perdeu menos (6 derrotas), estufou mais as redes alheias (69 gols pró) e buscou menos bolas no fundo do gol (29 gols sofridos), o que resulta em um saldo de gols que beira o absurdo (+40).

A essa altura, parece muito óbvia a cena dos caras levantando a taça no fim do ano. Mas duvido muito que alguém apostava uma moeda nesse time que estava sendo montado do zero em janeiro. Dotor Gilvan tinha acabado de perder Montillo para o Santos e contratava um caminhão de refugos, com exceções feitas a Borges e Dedé. Méritos do treinador, que fez esse time se encaixar. Perdeu o Estadual vencendo um dos dois jogos e saiu da Copa do Brasil graças à aberração do gol fora, mas sobrou nos pontos corridos.

Mesmo assim, não dá para eleger apenas um herói da conquista. Muitos escolherão Éverton Ribeiro como melhor jogador do campeonato, mas a verdade é que o conjunto do Cruzeiro é o craque do time. Praticamente todo mundo se valorizou pra caramba neste ano no mercado. Enquanto os outros times do pelotão de cima disputam pra ver quem perde mais pontos, o líder se permite festejar por antecipação. Por merecimento. Por ser tricampeão!
Fecha a conta e passa a régua
(AE)

Ainda tem mais?

Enquanto os paulistas derraparam feio na Libertas, no Brasileiro e até na Copa do Brasil, o futebol mineiro continua muito bem, obrigado. Enquanto o Cruzeiro se consolida como o melhor time do Brasil disparado, o Galão da Massa faz treinos de luxo no Dilmão 2013, às vésperas da viagem para o Mundial de Clubes da FIFA, no Marrocos. Yes, you CAM!

O blog A 10 e a Faixa voltará a acompanhar de perto as novidades do futebol brasileiro e mundial. Volte sempre, caro leitor, porque nós já voltamos, e agora é pra ficar!

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