segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Telejornalismo e a Imparcialidade

Osmar de Oliveira, médico e jornalista de extenso currículo, passou por Frutal na última sexta-feira (21), para ministrar palestra em evento beneficente no anfiteatro da UEMG.
Aproveitando-me da ocasião, gravei uma agradável entrevista com Dr. Osmar sobre um dos temas de meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), mostrado no título do post.
Confira o resultado no player abaixo.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Elefante desbotado

O Estádio Municipal Pedro Marreta, mais conhecido como "Marretão", fica localizado no bairro Alto Boa Vista, em Frutal, ao lado do Parque de Exposições "Os Idealistas".

Lembrança do último público presente  (Alex Augusto)


Escolinhas de futebol utilizam-se frequentemente do campo, mas apesar de contar com cabines de imprensa, camarotes VIP, sistema de irrigação e vasta área arborizada em seus entornos, o elefante (que já foi) branco não recebe público para partidas de futebol há mais de 10 anos.




sábado, 15 de setembro de 2012

Série Campeões: VAI, CORINTHIANS! *


Vai, Corinthians! Vai para as ruas, vai para o abraço do torcedor que te ama, vai para o pódio, vai levantar a taça que você tanto sonhou... Vai atravessar o mundo. Vai para o Japão!

Os Libertados da América (Ivan Pacheco)

Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Alex, Danilo, Jorge Henrique, Emerson, Julio Cesar, Danilo Fernandes, Welder, Marquinhos, Wallace, Ramón, Willian Arão, Ramírez, Douglas, Romarinho, Gilsinho, Willian, Elton, Liedson e Tite. Nomes que não vão constar em livros de História, mas estarão eternamente dentro dos corações e da memória de milhões de pessoas, que ensinarão aos filhos e netos quem foram eles, e o que foi o 4 de julho de 2012 para a nação corintiana. O dia da libertação. O dia da Libertadores.

A vitória por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, sobre o gigantesco Boca Juniors, de tradições e glórias mil, de seis títulos sul-americanos, torna ainda mais gigantesca a conquista inédita. E mais: de forma invicta, algo que só um time brasileiro havia conseguido - o Santos de Pelé, em 1963. A taça da Libertadores, enfim, tem uma plaquinha do Corinthians.

O triunfo final sobre os argentinos selou a campanha com identidade. De um time sem estrela, que não se assustou com placares adversos, rivais tradicionais ou craques do outro lado. Que não se pressionou por nada e encontrou o equilíbrio (palavra idolatrada por Tite) entre lutar a cada centímetro de grama pela Libertadores sem tratá-la como um campeonato do outro mundo.

De 6 a 16 de dezembro, o Corinthians tentará o bicampeonato mundial. Dessa vez, sem convite, sem a chance de enfrentar um brasileiro na final e tendo que ir ao Japão. Bem diferente de 2000, quando bateu o Vasco na decisão, no Maracanã. Um mundial para ninguém botar defeito. Monterrey (MEX), Auckland City, da Nova Zelândia, e o poderoso Chelsea (ING) já estão classificados para a competição no fim do ano.

O desconhecido grandalhão se fez gigante: milhões de gritos fizeram ecoar o nome do goleiro Cássio (Sérgio Barzaghi/Gazetapress
Duelo de titãs nas semifinais: o então campeão Santos ficou pelo caminho (Divulgação)

O conjunto foi o maior destaque desse time de operários.
Jogadores do povo, com estrelas de campeão
 (Marcelo Pereira/Terra)

Mais luta do que futebol

O Corinthians entrou em campo invicto na Libertadores. O Boca Juniors foi ao Pacaembu sem ter perdido nenhum jogo fora de casa. Jogaço? Lutaço! Os primeiros minutos fizeram inveja a Anderson Silva e Chael Sonnen. Soco de Chicão em Mouche, empurrão de troco, tapa de Erviti em Paulinho... Mais tarde, ainda haveria exibição de "El Tanque" Santiago Silva, com cotovelada em Castán e tentativa de imobilização em Ralf.

Futebol mesmo apareceu pelos pés de Sheik. Com velocidade, ousadia e toques rápidos, o camisa 11 era quem menos tinha medo da decisão. Ousadia que provocou o maior drama do primeiro tempo: um choque entre Somoza e o goleiro Orion.

O camisa 1 do Boca caiu por três vezes no chão e não suportou a dor. Saiu aos prantos, consolado pelo técnico, o ex-goleiro Julio César Falcioni. E por ironia do destino, o reserva Sosa, pouco mais de um ano depois, voltou ao Pacaembu. Era ele o goleiro do Peñarol (URU), que perdeu a final da Libertadores de 2011 para o Santos.

Alex não confiou nem em Orion nem em Sosa. Tentou quatro finalizações de fora da área, sem sucesso. Do outro lado, Riquelme, que antes do jogo tomava água e gargalhava, foi só rascunho do grande jogador que entrou para a história. Era constrangedor seu esforço, em vão, para correr e achar os companheiros, limitados tecnicamente. Fim de primeiro tempo com a certeza de que o segundo não poderia ser pior.

Ele resolve. E ponto. (AFP)

Sheik para a história

O empate levaria o jogo para a prorrogação, e Riquelme, que mal conseguia jogar 90 minutos, parecia querer disputar 120. Rolou no chão, demorou para cobrar escanteio, mexeu com o equipamento dos fotógrafos e fez falta digna de jogador juvenil. Na cobrança, a bola esperou por um toque consciente, que veio do calcanhar de Danilo. Sheik, no lugar certo, na hora certa, fuzilou Sosa e deixou o Pacaembu em êxtase.

A vantagem expôs ainda mais a limitação do Boca. Riquelme, em atuação de dar pena, não criou nada. O único recurso, mesmo depois que Falcioni colocou o atacante Cvitanich no lugar do meia Ledesma, eram os cruzamentos. Os argentinos abriram o meio e se cansaram, cenário dos sonhos para o Corinthians garantir o título invicto (oito vitórias e seis empates).

Mouche, sozinho, teve a única boa chance dos visitantes durante o jogo. Cabeceou nas mãos de Cássio. Uma caridade do atacante para que o goleiro, brilhante no mata-mata, pudesse aparecer na decisão. Riquelme, de 34 anos, não era o único "velhinho" cambaleante em campo. Schiavi, aos 39, errou passe fácil no campo de defesa. Deu nos pés de quem não poderia dar. Daquele que nasceu para ser vencedor. Tricampeão brasileiro nos últimos três anos, Emerson arrancou para a glória definitiva. Deixou Caruzzo para trás como se o rival nem existisse e tocou com categoria. Não parou de correr nem na comemoração, quando foi perseguido pelo preparador físico Fábio Mahseredjian, outro craque desse título.

Daí para frente foi só festa. O Boca não tinha mais o que fazer, e os "antis" já nem secavam mais. A torcida orgulhosa por ter sido fiel e Fiel na Libertadores, viajou por alguns segundos. Lembrou-se do vacilo de Guinei, da cobrança de pênalti de Marcelinho Carioca, do "pega, pega" do Morumbi, do gol de Vágner Love e de ter descoberto quem era o Tolima. Exemplos que invertem a letra do hino. Teu passado é uma lição. Teu presente, uma bandeira.

Enquanto os adversários terão de pensar em novas brincadeiras a partir de agora, a torcida grita "É campeão!". Duas palavras que valem mais do que todas escritas acima.


* por Alexandre Lozetti, em 05/07/2012 para o Globo.com

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Goleadas sem sentido. Mas que dizem muito.


Somos todos filhos do Brasil. Alguns se orgulham, outros não.

Vemos futebol por todos os lados. Muitos gostam, outros não.

Entre os que gostam, todos consomem futebol. Uns são fanáticos, outros não.

Seja entre os fanáticos, os apenas que gostam, os que simplesmente conhecem ou até mesmo entre os que desconhecem futebol, todo mundo é chegado em criticar treinador. Não só o do time de coração, mas principalmente o da Seleção da CBF.

O torcedor brasileiro já nasce com predisposição pra chamar de burro o primeiro que for à linha lateral dar instruções ao time. Sejam as instruções válidas ou não.

Os erros e acertos do recrutador de cada Copa repercutem mais do que os de um Presidente da República. Uma escalação mal feita é mais revoltante que um aumento da taxa de juros, por exemplo.

Mano Menezes parece ter estudado com monges tibetanos, tamanho o equilíbrio que demonstra nas entrevistas ao tratar de temas mais embaraçosos. Equilíbrio que às vezes dá sono no telespectador. A impressão é de apatia.

Mas ao contrário do que poderia acontecer em um clube ou outro, não é a torcida brasileira que vai derrubar o Mano do cargo. Só um vexame histórico poderia tirá-lo do comando da comissão técnica antes de 2014. Goleada(s) para a Argentina, talvez.

Lembremos que nem mesmo a ridícula eliminação da Copa América, aquela dos pênaltis batidos com o nariz, foi capaz de promover alguma mudança.

De amistoso em amistoso, o que resta ao povo – que se acha dono da Seleção apenas para ter algo a se orgulhar – é testar a própria paciência, acompanhando jogos medíocres contra equipes medianas e goleadas enganadoras como a de ontem, sobre a China.

Mas haja paciência, Mano

Correndo da Colina

Nesse meio tempo, em São Januário, Ricardo Gomes deixou um time campeão nas mãos de seu assistente, mas o Cristóvão da Cruz de Malta não conseguiu descobrir a América. Pior que isso, viu o time perder peças importantes. Sob a desconfiança de muitos, Cristóvão Borges manteve o Vasco da Gama por número recorde de rodadas no G-4 do Brasileirão, e o time continua exatamente na mesma posição de quando ele o assumiu.

Mas não: para a torcida, ele era burro; para alguns jogadores, ele não servia.

Eis que na 23ª rodada, os jogadores caem de quatro para o Bahia, em casa. Com todo o respeito ao tricolor da boa terra, mas 4x0? Difícil não pensar em boicote.

Aí, meu amigo, o negócio foi pedir o boné e pegar ouro trem-bala. Sem condições.

Cristóvão e Dinamite entraram naquele famoso acordo:
o clube entrou com o pé e o treinador entrou com o traseiro. Sacanagem.
(Djalma Vassão/Gazetapress)
Pelo o que dá para enxergar daqui de longe, Cristóvão não merecia esse tratamento. Pena que na Seleção da CBF não dá para acontecer coisa parecida.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Frutal está pronta para o XIV Juemg *


Começa amanhã a edição 2012 do Juemg (Jogos Universitários da UEMG), sediado em Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte. O Juemg 2012 será realizado durante os dias 06, 07 e 08 de setembro.

Os preparativos da delegação frutalense começaram desde os Jogos Intercursos, realizados no Alvorada Praia Clube, quando houve uma pré-seleção dos atletas. Foram realizadas peneiras – uma por modalidade. Elas aconteceram durante todo o mês de agosto e os atletas foram analisados pelo professor de educação física Afranio Vieira Junior, juntamente com sua equipe. Posteriormente os atletas selecionados foram divulgados através do Facebook.

O grupo que representará o campus de Frutal no Juemg 2012 é composto por 42 atletas, acompanhados por seis integrantes da comissão técnica, entre eles a chefe da delegação, Mirts Helena Chagas. Entre as modalidades de quadra, os atletas de Frutal competirão no futsal, basquetebol, handebol e voleibol, tanto feminino quanto masculino. Haverá também a participação masculina na minimaratona.

A saída para Belo Horizonte será na quarta-feira (05) a partir das 17h, em frente ao Alvorada. Cada atleta deve levar um colchonete, além das roupas de cama e banho. No dia 06, de manhã, haverá uma reunião técnica antes do início dos jogos.
Representantes de Frutal no Juemg 2010, em João Monlevade(Divulgação/Facebook/Lunaweb)


Diversão x Comprometimento

O Juemg é uma grande oportunidade de interação entre os campi, até por isso muita gente aproveita a ocasião para fazer festa. Não que isso seja proibido (pelo contrário, a confraternização deve mesmo existir), mas às vezes alguns atletas passam da medida, extrapolam e enfraquecem o rendimento dos jogos. Como lidar com isso?

“Infelizmente alguns alunos exageram na diversão e se esquecem do objetivo principal do evento, que é a integração através do esporte”, diz Karina Lima, do 8º período de Direito. “A diversão é importante, principalmente por se tratar de uma oportunidade diferente de conhecer novas pessoas e lugares. Mas é preciso que haja comprometimento e seriedade, pois os excessos cometidos por alguns atletas podem comprometer o rendimento de toda a equipe.”

“Sabemos que isso tudo tem seu lado festivo, de uma maneira saudável. Estamos trabalhando com eles essa parte, já que existe também a questão da participação dos jogos, que é ainda mais importante”, lembra Mirts. “Pedimos para que haja um consenso do grupo de atletas, para que eles percebam isso e vão com o intuito de jogar, representar o campus e tentar trazer medalhas para Frutal. Depois disso, que todos nós façamos a festa.”

Segundo Mirts, a intenção inicial era a de levar mais alunos, para participação em mais modalidades. “Foi oferecido apenas um ônibus, o que infelizmente limitou o tamanho da nossa delegação. Muitos atletas que ficaram também gostariam de estar participando. Infelizmente não poderão em 2012, mas outros anos virão, com novas oportunidades para todo mundo.”

Karina, inscrita em voleibol e handebol, está animada e pede o apoio dos amigos e colegas. “Todos se empenharam nos inúmeros treinos realizados e acredito que este ano voltaremos com muitas medalhas. A delegação está preparada. Contamos com o apoio da torcida, mesmo que de longe.”


* Trabalho e tema propostos pelo professor Eduardo Uliana, para a discilpina "Comunicação Digital e os Novos Veículos e Formatos de Armazenamento e Veiculação da Informação"