terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Elas por elas


Sala de troféus do Santos 
(Foto: Site Santos FC - História)

Sinta-se acordando agora com a notícia de que seu time acabou de ganhar um Campeonato Brasileiro. Aliás, não foi só um não. Foram alguns campeonatos. Ótimo, não? O presidente do Santos achou uma maravilha, já o do Bahia aproveitou para zoar o rival, e o do Palmeiras achou melhor esperar uma confirmação, pois ainda não é oficial. Mas o que está havendo mesmo?
A CBF decidiu aceitar o pedido de unificação dos títulos de torneios nacionais antes do início do Brasileirão como temos hoje. Desse modo, Santos, Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo, Bahia e Fluminense serão considerados oficialmente os campeões brasileiros entre 1959 e 1970. Resumidamente, o que muda é que o primeiro campeão será o Bahia em vez do Atlético Mineiro, e que os maiores campeões nacionais passam a ser Santos e Palmeiras, com oito conquistas cada.

 Nos anos 60, Pelé ganhou 6 competições nacionais 
(Foto: Termômetro da Bola)


De importante nisso tudo é que, mesmo mudando os campeonatos de nomenclatura – 40 anos depois, só para ressaltar – nas salas de troféus não há nada a acrescentar. As conquistas de craques do passado como Pelé, Ademir da Guia e Tostão não eram menos importantes do que são agora, e cada época teve sua glória particular. Compreende-se a felicidade do torcedor-presidente santista em bater no peito e dizer que é octacampeão, mas os heróis da época já tinham o que comemorar, e nas mesmas proporções do que se faz hoje. Afinal, não é porque deixavam de chamá-lo de Brasileiro que o Robertão* não se fazia grande.


* Roberto Gomes Pedrosa, o popular Robertão, era o nome do torneio disputado entre 67 e 70 que originou o atual Brasileirão.



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